“O Envelhecer de Cada Um” — velhices plurais num Brasil de extremos

O curta-metragem “O Envelhecer de Cada Um”, dirigido por Gabriel Martinez e produzido em conjunto com Lilian Liang e colaboração do geriatra Marcel Hiratsuka, estreou em 5 de junho de 2025 durante o Encontro Brasil–Reino Unido de Envelhecimento Saudável e Desigualdades, realizado no teatro da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP).

Com cerca de 30 minutos de duração, o filme reúne os relatos de 11 pessoas com idades entre 64 e 98 anos — de diferentes origens sociais e identidades, incluindo moradores de rua, pessoas negras, LGBTQIAPN+ e com deficiência. A proposta: mostrar que envelhecer não é uma experiência uniforme, mas um processo profundamente atravessado por desigualdades sociais, culturais e econômicas. 

Experiências variadas

O documentário dá espaço a histórias diversas — por exemplo: uma mulher de 79 anos que afirma que “se ficar no sofá não vai ter perna boa, cabeça boa” e fala sobre a importância de manter-se ativa; outra pessoa que enfrentou a poliomielite ainda bebê; alguém que vive com HIV desde os anos 1980 e, hoje aos 65 anos, reivindica dignidade –, mostrando como limitações, preconceitos e contexto de vida moldaram — e moldam — suas trajetórias.

Também em destaque aparecem pessoas cuidadoras, pessoas com deficiências, moradores da periferia ou em situação de vulnerabilidade — grupos muitas vezes invisibilizados nos relatos sobre “envelhecer bem”.

Um filme de ciência e de sensibilidade social

A produção nasceu no contexto de uma pesquisa da FMUSP, em parceria com a Newcastle University (Reino Unido), liderada pela pesquisadora Claudia Kimie Suemoto, do Estudo Longitudinal da Saúde do Adulto (ELSA-Brasil).

Segundo os realizadores, o desafio era condensar a riqueza de tantas trajetórias em apenas 30 minutos — sem reduzir as pessoas a estatísticas, mas sim preservar suas vozes, subjetividades e complexidades.

O filme está disponível gratuitamente online, no canal da FMUSP. 

Texto gerado com auxílio de IA.