A I Parada da Longevidade levou quase 2 mil idosos à Avenida Paulista, na região central de São Paulo, para aumentar a conscientização acerca do envelhecimento ativo e do combate ao etarismo. Uma iniciativa da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia – Seção São Paulo (SBGG-SP), a ação foi realizada no dia 24 de março e faz parte da programação do 13o Congresso Paulista de Geriatria e Gerontologia – GERP.24.
Essa é a primeira vez que uma sociedade científica na área do envelhecimento promove um evento dessa magnitude, com tamanha participação da comunidade – uma aproximação necessária e muito bem-vinda entre mundo acadêmico e público.
“Essa é uma ação que reúne uma sociedade científica e a comunidade para mudar a forma como pensamos, sentimos e agimos em relação ao envelhecimento”, disse o geriatra Paulo Duarte, presidente da instituição. “Ainda existem muitos estereótipos que precisamos quebrar. Precisamos lutar por saúde, segurança e participação social. Essa é a primeira de muitas paradas.”
O evento teve início com apresentações artísticas protagonizadas por idosos, como coral e dança, e seguiu com uma caminhada de 1,5 km, que partia do prédio da Fiesp até a Casa das Rosas. Inúmeras instituições voltadas para o público idoso marcaram presença no evento com faixas e representantes entusiasmados, como Convita, Unibes, Walking Football, CRI Norte, Instituto Velho Amigo, EACH-USP, entre outros.
“Não queríamos que o evento se chamasse ‘caminhada’, porque ele é muito mais do que isso. Uma parada é uma afirmação política”, disse Diego Félix Miguel, diretor da SBGG-SP e um dos idealizadores da iniciativa. De forma colorida e animada, mas não menos séria, a I Parada da Longevidade mostrou ao poder público a importância de se olhar para a população 60+.
A parada terminou com uma apresentação da Velha da Guarda da Liga de Escolas de Samba de São Paulo, com direito a clássicos do samba e muito samba no pé. O evento contou com mais de 20 parceiros institucionais, entre eles a Aptare.